Publicado em A Nosa Terra 699, 9 Novembro 1995, p. 26
A paleontologia (o estudo dos restos fósseis e a sua reconstrução) topa-se às vezes com aparentes e formosos paradoxos. Por exemplo, numa ubiquação dada descobrem-se restos de uma espécie que existe durante um longo período de tempo, talvez milhares de anos. Logo, a espécie começa a esvaecer-se rapidamente, enquanto no mesmo lugar e no mesmo estrato geológico surgem fósseis de um animal muito semelhante ao anterior, com o que aquele coexiste. É a nova espécie herdeira da anterior? É diferente? Houve um elo perdido na evolução? Por que não se encontram, ao longo dos milénios, restos das duas espécies no mesmo lugar?