Ou autodeterminação e socialização também linguísticas ou não há nada que fazer

Publicado em Novas da Galiza 145, pp. 120-121 ★ No Portal Galego da Língua

1. A diagnose

     Periodicamente repete-se na Galiza a pergunta se a “normalización lingüística” foi um fracasso ou um sucesso. Desta vez o motivo parecem ser os novos dados do Instituto Galego de Estatística que podem ler-se como uma indicação de que por primeira vez o galego é minoritário entre setores sociais como a mocidade.

     A pergunta tem tipicamente duas respostas, baseadas na bivalência da própria expressão “normalización lingüística”, que está simultaneamente em galego da RAG e em espanhol: (1) A “normalización” foi um fracasso porque, sobretudo, o espanholismo do PP, a grande besta negra, a impediu, e os outros partidos também não fizeram o suficiente. (2) Noutro sentido (ou não), diz-se que é um sucesso porque, como projeto de elite, sempre se tratou da “normalización” definitiva do espanhol na Galiza, não do galego, e esse plano segue-se ponto por ponto. Acho que esta é a tese  (ou polo menos a ênfase) mais estendida no reintegracionismo no geral.

     A minha particular resposta não é nem uma nem a outra como tais. Julgo que devemos considerar mais em detalhe certas condições de possibilidade atuais que poderiam permitir ou impedir o que eu prefiro chamar a naturalização do galego na sociedade.

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