Publicado em Nós Diario
Desde há mais dum mês, com eficaz regularidade, cada quatro dias Al-Israel lança um Boeing cheio de fuel contra uma enorme torre comercial de 100 andares chamada WTC com 1.500 palestinianos dentro (quase a metade, crianças) que resultam assim cruelmente assassinados. Ocidente observa-o, frente aos ecrãs de televisores e computadores, inspira com assombro quando a aeronave sulca os claros céus de outono contra a torre, grita quando a vê desfazer-se a prumo em metais, concreto, gases, pó, corpos despedidos e sangue, exclama que isto não pode ser, e continua a observar o ecrã até o próximo avião suicida de Al-Israel, quatro dias mais tarde, com eficaz regularidade. Quando se escrevem estas linhas já vão onze aviões, onze massacres, 16.000 mortes.
As pessoas mais críticas dizem que Al-Israel, que começou como movimento com elementos de resistência anticolonial, é na realidade um produto de Ocidente, financiado por oligarquias racistas que se beneficiaram da acumulação da II Guerra Mundial. Mas escapou-lhes das mãos, dizem analistas que sabem, e agora Al-Israel recruta fanáticos e fanáticas entre todas as mocidades do mundo que acreditam que serem isramistas é um privilégio divino, que abandonam os seus países para se integrarem em Al-Israel, e estão dispostas a matar (e, menos, a morrer) contra o gentil, que é como se diz infiel nos manuais de adoutrinamento de Al-Israel.
Seria fácil para o poderio militar EUA, por exemplo, localizar e neutralizar o líder de Al-Israel, que junto à sua cúpula armada envia violentas proclamas abertas polas ondas, inclusive advertindo que não deixará de lançar aviões contra as torres WTC com 1.500 palestinianos dentro. Mas por alguma razão Ocidente não faz nada. Ocidente decide não localizar Ben Hammim Netan Yahum, não enviar uma brigada de elite à sua morada enquanto dorme, não executá-lo junto à sua família e guarda privada. Pareceria que Ocidente está a proteger o líder de Al-Israel, como se lhe interessasse o massacre, com eficaz regularidade, de 1.500 palestinianos asfixiados numa torre de 100 andares cada quatro dias. É quase blasfemo o que se vai apontar, mas pareceria que a banda assassina Al-Israel está a soldo do cristão Ocidente.
Ninguém sabe como acabará este ataque. Talvez a missão final do sicário Al-Israel seja distrair a humanidade doutras questões e alimentar o lume para outros ataques estratégicos em preparação polos seus amos. Talvez seja imunizar o mundo permanentemente no horror e a hipocrisia. O caso é que ninguém em Ocidente (nem sequer Hillary Clinton) sugere eliminar materialmente Ben Hammim e a sua cúpula de sequazes para frear a barbárie isramista em expansão. Talvez o mais paradoxal seja que, se alguém o fizer, seria acusado de terrorista.