Publicado no Faro de Vigo, suplemento de Cultura, 12 de Agosto de 1984, p. 251
Desde que o norte-americano Ferguson [1] introduziu o conceito de «diglossia» na sociolinguística de há vinte e cinco anos até à actualidade, muito se utilizou a palavra —com conhecimento ou sem ele— e bastante mudou o que significava. Porque o que Ferguson entendia por «diglossia» era, para ser breve, uma situação sociolinguística em que dous dialectos ou registos duma língua (chamemo‑los variedades), conhecidos e falados por toda a comunidade, se empregam sistematicamente sempre segundo o contexto comunicativo.